Eu quero dizer que acredito que, como em todas as profissões, temos juízes bons e ruins. Quero dizer também que temos advogados péssimos, que infelizmente continuam fazendo parte dos quadros da OAB, mas, verdade seja dita, um juiz ruim causa muito mais estrago que um advogado ruim. O fato de Eliana Calmon ter mexido neste vespeiro, merece nosso apoio enquanto cidadãos preocupados com a democracia deste país, e principalmente com a segurança jurídica, que me perdoem os crédulos, não existe. Você não sabe o que vai acontecer com um processo que você promove. Tudo depende qual a tendencia ideológica do juiz e quais os interesses envolvidos na causa. Se for muito dinheiro é um perigo. Sempre existe a possibilidade de você ser vítima do capitalismo. Então passemos a notícia:
O Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, rebateu, nesta terça-feira, 6, as declarações da Corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, que disse que "penas contra juízes têm de pegar o bolso" pouco tempo após de dizer que "existem bandidos de toga".
Isso porque o órgão iniciou uma investigação no Tribunal de Justiça de SP para apurar a suspeita de remuneração ilegal a desembargadores. O foco inicial da investigação do Conselho é sobre a folha de pagamentos do tribunal, o maior do país, com 354 desembargadores. O CNJ investiga também o patrimônio de 62 magistrados suspeitos de enriquecer de forma ilícita.
Wedy lembrou que existem 30 mil juízes no Brasil e que, entre os 62 investigados pelo CNJ, nenhum é juiz federal. Ele ressaltou que os magistrados não foram, até o momento, julgados culpados por corrupção ou enriquecimento indevido, nem na esfera administrativa e nem na judicial.
O presidente da Ajufe lembrou que todos têm o direito de defesa assegurado pela Constituição Brasileira e que é inadequada a expressão "bandidos de toga", além de ser proibido fazer pré-julgamentos. Esses atos são vedados expressamente pela própria Lei Orgânica da Magistratura- LOMAN que impede o comentário sobre processos em andamento e exige recato e polidez nas expressões utilizadas pelo juiz.
Segundo Gabriel Wedy, o ato de correição deve ser realizado com discrição e recato, mas deve ser efetivo, não midiático, punindo de fato e rigorosamente eventuais culpados e não trazer o risco de uma condenação injusta, pública e genérica, sem direito à defesa, de todos os magistrados brasileiros. "É imperioso dizer e esclarecer quem são os bandidos de toga, sair da generalidade, pois indiscutivelmente 99, 99% da magistratura brasileira, carreira da qual a Corregedora do CNJ faz parte há mais de 30 anos e conhece bem, é correta e honesta".
Autor: Assessoria de Imprensa da AJUFE | Zinda Perrú
Fonte: site JUSBRASIL, ajufe.jusbrasil.com.br/noticias/2956139/ajufe-rebate-criticas-da-corregedora-eliana-calmon
Nenhum comentário:
Postar um comentário