quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lei da Palmada pode não ser aprovada pelo Congresso

O projeto de lei que prevê a punição aos pais que castigarem fisicamente os filhos pode não ser aprovado pelo Congresso Nacional. O texto, que deveria ter sido encaminhado ao Senado, está parado na Mesa Diretora da Câmara. O projeto aguarda a votação de seis recursos para ser votado no plenário.
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Deputados apresentaram recursos para que a lei seja discutida primeiramente no plenário da Câmara para depois seguir para o Senado. Os parlamentares acreditam que a proposta será reprovada quando a maioria dos deputados tiver acesso ao projeto. No entanto, o pequeno grupo que já teve acesso ao texto aprovou por unanimidade a nova lei.
De acordo com um dos deputados que apresentou recurso, Sandes Júnior (PP), o projeto é polêmico e merece ser discutido com mais tempo e maior número de parlamentares. Outro deputado que apresentou recurso foi Augusto Coutinho (DEM), assumidamente contra a nova lei, ele afirma que as relações familiares não podem sofrer interferência do Estado: "É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violência, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasileiros", declarou Coutinho.
A Lei da Palmada, como ficou conhecida, criada pelo Poder Executivo, modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente e inclui que "a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto". A definição de castigo físico é dada por qualquer punição que cause dor ou lesão à criança. 
FONTE: Extraído de: Opinião e Notícia  - 20 de Fevereiro de 2012, através do site JUSBRASIL.

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