quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nasa observa passagem de asteroide pela órbita da Terra


Com 4,5 quilômetros de comprimento, o Toutatis é um dos maiores asteroides com potencial de um dia atingir a Terra, mas a agência espacial americana descarta risco de colisão pelos próximos séculos

asteroide Toutatis passa pela Terra
  Imagens do radar Goldstone do asteróide Toutatis, realizadas durante o acompanhamento de 2012. (NASA/JPL)
Um velho conhecido da Terra está de volta à vizinhança. Nesta semana, o radar Goldstone, da agência espacial americana, Nasa, está acompanhando com a mais alta precisão a aproximação do asteroide 4179 Toutatis. Em seu percurso pelo Sistema Solar, este asteroide passa pela órbita da Terra a cada quatro anos.
A observação da atual passagem do Toutatis, realizada a partir do radar localizado no deserto de Mojave, nos Estados Unidos, ocorre desde 4 de dezembro e segue até o dia 22 deste mês. Com 4,5 quilômetros de comprimento, ele é um dos maiores asteroides potencialmente perigosos conhecidos. Apesar disso, Lance Benner, do Near Earth Object Program, da Nasa, já adiantou que tão cedo não existe perigo de colisão com a Terra. "Nós já sabemos que o Toutatis não atingirá a Terra pelas próximas centenas de anos", afirma Benner, ao site da Nasa. Ele afirma que as novas observações servirão para prever a trajetória do asteroide por um período de tempo ainda maior.
Nesta quarta-feira, na sua aproximação máxima com a Terra, o Toutatis está a 7 milhões de quilômetros de distância, ou 18 vezes a distância que separa o planeta da Lua.
"Bola de futebol americano" – Os pesquisadores da Nasa também estão curiosos para colher mais dados que ajudem a explicar o giro irregular do asteroide. Diferentemente da maioria dos outros asteroides, que tem um movimento de rotação bastante ordenado em volta de seus respectivos eixos, o Toutatis "rola" pelo espaço desordenadamente. O site da Nasa afirma que o movimento do asteroide mais se assemelha a uma bola de futebol americano mal arremessada para o céu. Provavelmente, isso tem a ver com a forma alongada e irregular do asteroide, afirma ainda o site da agência.
Os cientistas esperam obter mais evidências para solucionar essas dúvidas com o novo sistema de imagem digital do radar Goldstone. "Usando o novo sistema, nós podemos criar imagens da superfície do asteroide com uma resolução de duas a cinco vezes melhor do que a obtida em passagens (do asteroide) anteriores", diz Benner.
 Fonte: Veja, http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia. 

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