terça-feira, 23 de junho de 2015

A urbanidade que se espera dos juízes

Em uma preciosa coletânea inserida ontem (22) em seu blog ´Interesse Público´ – simplesmente transcrevendo frases polêmicas pronunciadas por integrantes do Judiciário brasileiro - o jornalista Frederico Vasconcelos, da Folha de S. Paulo, lembrou casos de desrespeito à urbanidade , claramente previstos na Lei Orgânica da Magistratura.
· “Vossa Excelência agora não vai dar lição à presidência com relação à leitura do regimento. O presidente tem poder de pauta. Estou recebendo ofícios de conselheiros querendo pautar o presidente (…) nos termos do regimento, nos termos do que for. Eu sou presidente deste Conselho, presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do Poder Judiciário, ninguém vai me ensinar como é que eu vou levar as audiências e pautar as sessões deste Conselho.”
[Ministro Ricardo Lewandowski, dirigindo-se ao conselheiro e juiz federal Saulo Casali, que manifestara preocupação com processos não levados a julgamento e mencionara o fato de a conselheira e juíza estadual Deborah Ciocci, do TJ-SP, ter onze pedidos de vista, na sessão plenária do CNJ, em 9.6.2015].
· “Não sou obrigado a lembrar o seu nome“.
[Ministro Joaquim Barbosa, dirigindo-se ao então presidente da Ajufe, juiz federal Nino Toldo, em audiência conjunta das associações de magistrados com o então presidente do STF, em 8.4.2013]
· “Fale baixo. O senhor não foi convidado para essa reunião. Somente dirija a palavra quando eu lhe pedir“.
[Ministro Joaquim Barbosa, na mesma audiência, dirigindo-se ao então vice-presidente da Ajufe, juiz federal Ivanir César Ireno, advertindo-o de que ele estava no gabinete da presidência do STF].
· “O presidente do STF é o chefe do Poder Judiciário, mas isso não significa que seja o chefe dos juízes. A independência funcional da magistratura é fundamental para o fortalecimento do Estado democrático de Direito. A independência que tem o juiz de primeiro grau é exatamente a mesma que tem o ministro do STF e qualquer outro magistrado”.
[Juízes federais Fernando Mattos e Nino Toldo, então presidente e vice-presidente da Ajufe, respectivamente, em artigo publicado na Folha de S. Paulo em 27.7.2008]
· “São deveres do magistrado: (…) tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quando se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência“.
[Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN, Artigo 35, IV]
Fonte: ESPAÇO VITAL, http://www.espacovital.com.br/noticia-31780-urbanidade-que-se-espera-dos-juizes

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