sexta-feira, 23 de março de 2012

Rebeldes aliados criticam atuação da ministra Ideli

A ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, passou a ser o alvo de setores da base aliada descontentes com o Palácio do Planalto, informa reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (16).
Senadores e deputados, principalmente do PT e do PMDB, criticam o estilo "truculento" e "intransigente", por querer, segundo eles, impor vontades do governo sem permitir o diálogo.
O governo vive uma crise com a base aliada desde a semana passada, quando o plenário do Senado rejeito a recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que era defendida pelo Planalto.
Na quarta-feira, em mais um episódio da crise com a base, a bancada do PR rompeu com o governo e passou a integrar a oposição no Senado.
O partido ficou irritado com a decisão da presidente Dilma Rousseff de manter Paulo Sérgio Passos como ministro dos Transportes - cargo que antes era ocupado pelo senador Alfredo Nascimento (PR-AM).
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), pediu na quinta-feira (15) que o PR reveja sua decisão de rompimento com o Planalto. Na quarta à noite, ele se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para tentar conter a crise entre Congresso e governo.
No fim da tarde de quarta-feira, depois de se reunir com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), o líder do PR, senador Blairo Maggi (MT), disse que os sete senadores do partido estavam rompidos com o governo e passariam para a oposição. Segundo Maggi, o governo decidiu manter Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes e ofereceu ao partido duas estatais.
O PR vinha pedindo à presidente, desde julho do ano passado, quando Alfredo Nascimento foi destituído do cargo, que nomeasse outra pessoa do partido. Passos é filiado ao PR, mas o comando partidário não se sente representado por ele.
Braga afirmou que o PR tomou a decisão sem levar em conta sua escolha como novo interlocutor político com o governo. "Não entendi a posição do PR, fui surpreendido. Ainda estávamos em negociação, eu estava conversando com Blairo e com a presidente", disse. O líder disse que não continuará as conversar com o PR se mantiver a decisão de romper com o governo e continuar agindo de forma "instransigente". 
FONTE: ABC Politiko - Linha Direta com o Poder  - 16 de Março de 2012

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