A ministra Ideli Salvatti, das Relações
Institucionais, passou a ser o alvo de setores da base aliada
descontentes com o Palácio do Planalto, informa reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (16).
Senadores e deputados, principalmente do PT e do PMDB, criticam o
estilo "truculento" e "intransigente", por querer, segundo eles, impor
vontades do governo sem permitir o diálogo.
O governo vive uma crise com a base aliada desde a semana passada,
quando o plenário do Senado rejeito a recondução de Bernardo Figueiredo
para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres), que era defendida pelo Planalto.
Na quarta-feira, em mais um episódio da crise com a base, a bancada
do PR rompeu com o governo e passou a integrar a oposição no Senado.
O partido ficou irritado com a decisão da presidente Dilma Rousseff
de manter Paulo Sérgio Passos como ministro dos Transportes - cargo que
antes era ocupado pelo senador Alfredo Nascimento (PR-AM).
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), pediu na
quinta-feira (15) que o PR reveja sua decisão de rompimento com o
Planalto. Na quarta à noite, ele se reuniu com a presidente Dilma
Rousseff, no Palácio do Planalto, para tentar conter a crise entre
Congresso e governo.
No fim da tarde de quarta-feira, depois de se reunir com a ministra
Ideli Salvatti (Relações Institucionais), o líder do PR, senador Blairo
Maggi (MT), disse que os sete senadores do partido estavam rompidos com o
governo e passariam para a oposição. Segundo Maggi, o governo decidiu
manter Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes e ofereceu ao
partido duas estatais.
O PR vinha pedindo à presidente, desde julho do ano passado, quando
Alfredo Nascimento foi destituído do cargo, que nomeasse outra pessoa do
partido. Passos é filiado ao PR, mas o comando partidário não se sente
representado por ele.
Braga afirmou que o PR tomou a decisão sem levar em conta sua escolha
como novo interlocutor político com o governo. "Não entendi a posição
do PR, fui surpreendido. Ainda estávamos em negociação, eu estava
conversando com Blairo e com a presidente", disse. O líder disse que não
continuará as conversar com o PR se mantiver a decisão de romper com o
governo e continuar agindo de forma "instransigente".
FONTE: ABC Politiko - Linha Direta com o Poder
- 16 de Março de 2012
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