sexta-feira, 23 de março de 2012

PRESIDENTE DA OAB SP DEFENDE ADVOGADA E DIZ QUE O DEBATE NO TRIBUNAL DO JÚRI É INTENSO E EMOCIONAL

Continuando aquele assunto da ADVOGADA QUE OFENDE JUÍZA NO TRIBUNAL DO JURI:
O presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, surpreendeu-se com a possibilidade da abertura de inquérito policial para analisar a conduta da advogada Ana Lúcia Assad que, durante o julgamento de Lindemberg Alves, em fevereiro, citou o princípio da "verdade real", sendo questionada pela juíza Milena Dias , o que gerou a observação de que a magistrada "deveria ler mais, voltar a estudar". "No âmbito do plenário Tribunal do Júri, o embate entre os operadores do direito é naturalmente mais intenso", justificou.
Para D'Urso, a mecânica do Tribunal do Júri tem características próprias, que permitem aflorar a emoção. "Nesse caso específico foi a juíza que, primeiramente, afirmou que a tese da verdade real não existia, levando a uma ofensa velada e à conclusão de que a advogada não estava preparada tecnicamente para o trabalho da defesa. Entendo que quando a advogada reage, dizendo que a magistrada tinha de voltar a estudar, nada mais fez do que responder, sem intuito de ofender, sustentando que o que ela havia dito tinha fundamento jurídico", afirmou.
D'Urso pondera também que o advogado, durante as discussões da causa em Juízo, goza de imunidade profissional ao promover a defesa do direito do cliente, nos termos do art. 133 da Constituição Federal, art. 142, inciso I, do Código Penal e art. 7º do Estatuto da Advocacia, afastando os tipos penais da injúria ou difamação.
ASSESSORIA DE IMPRENS, OAB - São Paulo  - 16 de Março de 2012.

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