Uma
das carreiras mais cobiçadas e de melhor remuneração do Executivo, a
área jurídica do governo federal não consegue segurar seus integrantes.
Entre os 71 aprovados do disputado concurso para procurador da República
do Ministério Público Federal no mês passado, 30 são da Advocacia-Geral
da União (AGU). Levantamento de entidades sindicais, com base em dados
do órgão, apontam que 60 dos membros — procuradores federais, advogados
da União e procuradores da Fazenda Nacional — se despedem todo ano da
casa em direção a outros postos no serviço público.
Há
um outro número que não aparece nessas estatísticas. É referente
àqueles que passam na seleção para o órgão, mas não tomam posse. Cerca
de 20% dos aprovados desistem de assumir o cargo porque, até a posse, já
passaram em outro concurso mais vantajoso, segundo a Associação
Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf). No decorrer dos dois anos
seguintes, mais 20% deles desistem de continuar. Isso significa que,
entre aprovados e os recém-nomeados, a desistência chega a 40% em dois
anos.
Fonte: Correio Braziliense
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