Um acordo assinado ontem entre o Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e o Escritório
Europeu de Patentes (EPO) vai facilitar a proteção da criação
brasileira. A cooperação prevê troca de documentos de patentes em
português e inglês a partir de um sistema de tradução automática
disponível no site do parceiro europeu.
Como conseqüência do acordo, o Inpi e o EPO farão road shows pelo
Brasil convidando empresas de todos os portes e universidades a
protegerem suas patentes no exterior.
O presidente do Inpi, Jorge Ávila, manifestou convicção de que o
acordo poderá estimular crescimento ainda maior nos pedidos de patentes
de empresas e pesquisadores brasileiros na Europa, que já aumentaram
8,9% entre 2010 e 2011. Ávila reconheceu que os brasileiros, de modo
geral, ainda protegem pouco suas invenções no exterior, em relação ao
potencial existente. Por isso, ressaltou que o acordo criará um ambiente
cada vez mais simplificado para que criadores e empresários nacionais
depositem suas patentes no mercado internacional.
"O sistema permite que você, com facilidade, tenha a tradução dos
documentos completos de patentes para o idioma português, o que facilita
a vida de todo mundo que precisa ter esses documentos, até para saber
se o seu invento é de fato algo novo, que pode ser patenteado e em que
condições", afirmou.
O dirigente esclareceu que o instituto europeu vem renovando acordos
de cooperação com o Inpi há muitos anos. "É o nosso principal parceiro
tecnológico". Foi o EPO, de acordo com Ávila, que permitiu ao instituto
brasileiro construir as bases dos principais sistemas que agilizam o
exame de patentes. "A automação dos exames de patentes no Brasil, em
grande medida, é devido à contribuição técnica do EPO", declarou.
Segundo Ávila, o uso de ferramentas eletrônicas desenvolvidas com
apoio do parceiro europeu também contribuiu para aumentar a
produtividade do Inpi no exame de patentes recebidas do exterior. Além
disso, o EPO provê ao instituto brasileiro acesso aos sistemas mais
modernos de consulta aos bancos de dados de patentes e a todos os
sistemas que permitem a automação de um escritório de exame de patentes.
Fonte: Valor Economico, Clipping AASP.
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